SBDV

Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária

Primeira sociedade latinoamericana de dermatologia veterinária*


Fundação 16 de março de 2000

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Caso 1

Identificação

• Cadela
• Boxer
• 7 meses de idade

Histórico/anamnese

• Animal adquirido com 2 meses de idade.
• Quadro com evolução de 2 meses ( sic )
• Início do quadro com descamação intensa generaliza e sem prurido
• O quadro evoluiu para a face (sic), com conseqüente prurido
• Animal imunizado normalmente
• Sem contato com outros cães e gatos
• Animal recentemente apresenta quadro de hiporexia
• Proprietário negava qualquer outra sintomatologia
• Nenhum tratamento foi realizado até o atendimento

Exame Físico





Exames complementares

• Parasitológico de raspado cutâneo

– Negativo

• Hemograma
– Dentro dos padrões de normalidade

Perguntas:

• Quais são os diagnósticos prováveis?
• Qual seria seu procedimento?
• Quais outros exames deveriam ser realizados?

Primeiro dia – dia da foto

• O animal foi tratado com ivermectina, pela possibilidade de escabiose, doses quinzenais – duas doses

Primeiro retorno

• Quadro inalterado
• Solicitado histopatológico
• Resultado:
• Quadro compatível com dermatose responsiva ao zinco
• Indicado sulfato de zinco


Terceiro retorno

• Animal com emagrecimento e agravamento das lesões
• Desidratação e mucosas hipocoradas
• Requisitado função renal, hemograma e novo histopatológico.

Quarto retorno

• Resultados dos exames:
• Anemia normocítica nomocrômica
• Uréia: 215 mg/dl
• Creatinina: 2,9 mg/dl
• Novo histopatológico
• Leishmaniose
• foi realizado sorologia para Leishmaniose na Unesp-Araçatuba com resultado também positivo
• Por opção do proprietário o animal foi submetido a eutanásia.


Comentários

• Deve-se destacar algumas informações neste caso:
• O Animal foi submetido ao tratamento com Ivermectina, atitude esta que deve ser tomada, mesmo quando o parasitológico de raspado cutâneo revela-se negativo, pois a suspeita era de escabiose onde o parasitológico é positivo em aproximadamente 50% das vezes.

• O exame histopatológico é de grande valia na dermatologia veterinária, porém não pode ser encarado como um atestado de diagnóstico final e definitivo, como o histopatológico forneceu um diagnóstico de hipozincemia, mas não houve resposta terapêutica, optou-se por repetir o exame. Esta falha pode ser decorrente de:

• Escolha imprecisa do fragmento

• Suspeitas pouco abrangentes, levando o patologista a preparar colorações não específicas, neste caso é imperativo que sejam postas todas as suspeitas na requisição do exame, principalmente quando houver possibilidade de agentes infecciosos.

Obs: Opinião da MV Priscyla Taboada Dias da Silva, proprietária da Histopet Serviço de Patológia Veterinária.

“A Hipozincemia e Leishmaniose estão enquadrada em grupos distintos de padrão lesional, a Hipozincemia está enquadrada nas dermatites perivasculares com hiperqueratose paraqueratótica difusa e a Leishmaniose é categorizada com dermatite nodular a difusa, apresentando hiperqueratose ortoqueratótica mais frequentemente, porém podendo ser paraqueratótica. O infiltrado inflamatório nos dois casos é predominantemente mononuclear, sendo que no primeiro observa-se predomínio de linfócitos e no segundo macrófagos que em grande parte dos casos apresentam grande quantidade de protozoários no seu interior. O problema diagnóstico esta nos casos onde há escassez de agentes, nestes casos pode-se ver apenas um infiltrado inflamatório plasmocítico em derme superficial e profunda associada a hiperqueratose, padrão morfológico observados em outras dermatites crônicas, prejudicando assim o diagnóstico. “


• Atualmente criaram-se muitas facilidades de trânsito de pessoas e animais, sendo assim mesmo doenças endêmicas de outras regiões devem ser investigadas pelo Médico Veterinário.

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